26 de out. de 2008

Gothic Dolls

Ao que parece, decidiram voltar a escrever. Eu e minhas outras faces achamos que, não importa se somos totalmente esquecidas neste universo "bloguístico", dominado por jornalistas frustrados e outras categorias mais ou menos sedentas pela exibição do intelectualismo inexistente. Verdades sejam ditas, mentiras esquecidas e palavras vomitadas em momento de derrota argumentativa também - diretíssima aos meus "amigos".
Então, decidi falar alguma coisa sobre essas bonecas góticas que me chamaram muito a atenção algumas semanas atrás. Eu vi a primeira - no caso, o primeiro - na página inicial do site que hospeda minha galeria de fotos, o DeviantArt. Favoritei algumas, comentei outras, interagi com autores e proprietários das fotos.
Fiquei encantada com a beleza e a expressão facial das bonecas e, sempre que posso, vejo as novas postagens dos usuários que favoritei. E ainda, aquela variedade de roupas e acessórios me deixam entretida, logo eu que não sou ligada às besteiras clichés do universo feminino. Fizeram-me lembrar de algo que não faço há muito tempo...
Lembrei-me das tardes inteiras em que ficava furando os dedos com agulhas e cortando tecidos que arranjava com minha madrinha, costurando incansavelmente retalhos grotescos e belos, delicados e fortes, que no final se transformariam em pequenas roupas para boneca. Era divertido.
Poucos dias atrás, sete anos depois do momento dessa lembrança, passei outra tarde inteira furando os dedos e rasgando retalhos e vejo que isso ainda é bom pra passar o tempo, é bom para esquecer os amigos briguentos, para pensar nos amigos que se foram, nos que saíram por vontade própria... Mas o mais importante foi que relembrei um pouco da minha identidade, espantei o tédio e ainda deixei de lado os problemas que não me eram necessários - os problemas que eu criava, na minha loucura solitária - e os problemas das outras pessoas.

E tudo isso me fez reviver doces detalhes, tão importantes, da vida que não tenho mais, dos tempos em que não fazia diferença esta só.
Vi que melhorei minhas técnicas, apesar do longo tempo sem praticar. Fiz um vestidinho até que mais ou menos, no estilo princesa, aos moldes da velha Barbie - bem velha esta por sinal.

Lógico que nunca ficará igual às maravilhosas fotos de kawaiimon - apelido do autor dessa primeira imagem do post, intitulada Into de White. Mesmo porque, minha câmera é extremamente amadora e sem todos os recursos para uma boa captura. Além disso, o vestido feito a mão nunca estará ao nível das costuras perfeitas e milimétricas de uma máquina. Mas isso me deixou feliz, não pergunte porque.

Até.

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It seems that they decided to write again. Me and my various faces think it doesn´t matter wether we are totally forgotten in this "virtual" universe, dominated by failed journalists and another kinds more or less hungry for showing off their erased intelectualism. Truth should be said, lies should be forgotten and so the words, vomited in that moments of defeated argumentation - this goes directly to my "friends".

So, I wanted to talk something about this gothic dolls, which caught my attention a lot few weeks ago. I saw the first of them in the "start-page" of the website where I have a gallery of photos, Deviant Art. I favorited some, commented another ones, talked with some authors and picture´s/dolls' owners.

I was amazed with the beauty and the facial expression of those dolls and, always when I´m able to, I see the new posts of my favourite users. Also, that variety of clothes and stuff let me extremely entertained, and I´m not that fanatic concerning the clichés of female universe. They remind me on something I left behind, a long time ago...

I was 12. I remember the whole afternoons I could spend hurting my fingers with needles and cutting little pieces of wasted fabric, sewing it without getting tired anyhow, transforming that nice - and sometimes grotesque - pieces, delicate and soft pieces, in little clothes for my dolls. It was fun.

Few days ago, seven years after the moment of that memory, I spent another afternoon hurting my fingers and retailing that pieces of fabric and I see it is so good the let the time pass through, it´s good to forget and angry friends, to think about those who´s now gone, about those who left by their own... But the most important was that I could remind a little my own identity, I could fight away the boring feeling and leave behind the unecessary troubles - those I invented, on my solitary madness - and other people´s problems which, by the way, I always care, even though I had nothing to do.

And all this just to revive that sweet details, so important, from the life I have no longer, from times I´ll never have back.

I realised I increased my tecniques, although a long time with no practice. I made a little dress, it´s more or less nice, with princess style, modeled to my old Barbie - very old by the way.

Of course it´ll never be like those wonderful pictures from kawaiimon - nickname of the author of the first that picture, named Into the White. It´s because me camera is extremely simple and with not enough resourses for a good pic. Besides this, the handmade dress will never be as perfect as the ones made by machines. But it made me happy, don´t ask me why.

See you soon.